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Startups no agronegócio: auxiliando o pequeno produtor brasileiro


startups no agronegócio

As startups no agronegócio estão abrindo diversas portas para tornar esse setor muito mais sustentável, econômico, tecnológico, competitivo e inclusivo.


Por exemplo, as agtechs, ou agrotechs, como também podem ser chamadas as empresas de tecnologia voltadas para esse segmento, estão ajudando a encurtar o caminho entre pequenos produtores e o consumidor final.


Com a criação de soluções que reduzem o ciclo logístico, há uma considerável redução dos custos operacionais — os quais, comumente, são repassados para compradores, elevando os preços das mercadorias, mas também reduzem a margem de lucro de pequenos produtores — bem como a diminuição do desperdício de alimentos.


Além disso, as ferramentas criadas pelas agro startups contribuem para que produtores(as) e empresas desse mercado se adequem melhor e mais rapidamente às boas práticas de ESG.


Sobre a atuação das agtechs, vale destacarmos que esse é um segmento bastante promissor e em franco crescimento, especialmente pelo fato de o agronegócio ser um dos setores mais importantes da economia brasileira.


Segundo dados da CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, divulgados em uma matéria do site InfoMoney, o PIB do agronegócio no nosso país terá alta de até 2,5% em 2023.


Essa projeção aponta para uma importante recuperação, ante ao percentual apresentado em 2022, que resultou em uma queda de, aproximadamente, 4,1% nesse índice.


Considerando esse cenário, quais seriam as oportunidades geradas pelas startups no agronegócio?


Siga a leitura deste artigo e confira!


7 oportunidades geradas pelas startups no agronegócio

O relatório "Agtech Report 2022", da plataforma de inovação Distrito, revelou que o Brasil já conta com 366 startups no agronegócio divididas entre as seguintes categorias:

  • agricultura de precisão: 129 (35,2%);

  • miscelânea: 61 (16,7%);

  • automação e robotização: 52 (14,2%);

  • biotecnologia: 52 (14,2%);

  • marketplace agtech: 49 (13,4%);

  • midstream technologies: 13 (3,6%);

  • novel farming: 10 (2,7%).


Partindo dessa categorização, é possível dizer que algumas das principais oportunidades que podem ser geradas decorrentes da atuação das agrotechs são:

  • criação e entrega de plataformas de negociação;

  • desenvolvimento de softwares específicos;

  • entrega de soluções para aprimoramento logístico;

  • robotização e automação de tarefas;

  • inclusão de outras empresas tech;

  • fomento à criação de novas categorias alimentares;

  • redução dos agentes intermediários.


Criação e entrega de plataformas de negociação

Essa forma de atuação das agrotechs facilita negociações de compra direta de produtos, insumos, commodities, aluguel de equipamentos, entre outras transações características desse setor.


Desenvolvimento de softwares específicos

A exemplo dos sistemas criados para a coleta de grandes volumes de dados (Big Data Analytics) pertinentes ao setor, que contribuem para tomadas de decisão mais precisas.


Entrega de soluções para aprimoramento logístico

Recursos que viabilizam e ajudam a reduzir gastos com transportes, assim como a aumentar a segurança alimentar e a rastreabilidade dos itens por meio da adoção da blockchain na logística do agronegócio, entre outras tecnologias relacionadas.


Robotização e automação de tarefas

Ferramentas que permitem a substituição de atividades manuais pelo uso de maquinários e equipamentos que otimizam os processos das empresas do agronegócio.


Inclusão de outras empresas tech

A exemplo das fintechs as a service, que viabilizam a criação de soluções financeiras próprias para as startups no agronegócio e geram novas oportunidades de negócio e fonte de receita para essas companhias.


Fomento à criação de novas categorias alimentares

Como as agtechs voltadas para a biotecnologia, que entregam soluções para o setor agroindustrial e agropecuário para o desenvolvimento de produtos alterados geneticamente para evitar a escassez desses itens, para a reprodução animal assistida, fabricação de carnes de laboratório, entre outras possibilidades.


Redução dos agentes intermediários

Por meio de tecnologias que estreitam as relações comerciais entre produtores(as) rurais e compradores(as), que podem ser tanto pessoas físicas quanto jurídicas, como varejistas dos mais variados portes. Ou seja, reduzindo a quantidade de agentes intermediários necessários para levar alimento ao prato e que, por sua vez, aumentam o lucro do produtor e reduzem tanto o desperdício alimentar quanto o preço final dos alimentos.


Como as agtechs estão auxiliando o produtor?

Justamente essa última oportunidade de atuação das startups no agronegócio é que está auxiliando o dia a dia dos(as) pequenos(as) produtores(as) e, com isso, contribuindo com o crescimento desses(as) empreendedores(as).


Como dissemos logo na abertura deste artigo, as agro startups ajudam a tornar esse setor mais inclusivo. Por exemplo, o uso da tecnologia viabiliza a participação de produtores(as) rurais de pequeno porte em plataformas de negociações agro.


Isso dá a esses(as) empreendedores(as) a chance de competir de igual para igual com grandes companhias produtivas e de posicionar seus negócios nesse mercado com o mesmo nível de visibilidade.


Somado a esse ponto, muitas soluções fornecidas pelas agrotechs a pequenos(as) produtores(as) diminuem a necessidade de intermediários na cadeia de suprimentos, especialmente as de alimentos frescos.


Por consequência, os preços finais ofertados aos consumidores são menores e o lucro do pequeno produtor é maximizado, além de haver significativa redução no desperdício de alimentos frescos.


Por todos esses motivos, é possível dizer que alguns dos principais benefícios das agtechs para os(as) produtores(as) são:

  • apoio na redução de custos operacionais;

  • ajuda na amplificação de atuação no mercado;

  • aumento da produtividade;

  • fomento à criação de novos modelos de negócio;

  • auxílio para resolução de diferentes dores características do segmento agro.

Por que investir em agtechs?

Conforme revelado pelo relatório “2022 AgFunder AgriFoodTech Investment Report”, as agrifoodtechs brasileiras receberam US$ 1,3 bilhões de investimentos em 2021.


Essa quantia coloca o nosso país em 6° lugar no ranking mundial dos que mais injeções financeiras receberam para esse setor.


Além disso, é importante frisarmos que o agronegócio é um dos segmentos mais sólidos para quem deseja investir.


De acordo com uma reportagem do site Exame, o Brasil deixou de ser um país importador para, em cinco décadas, se transformar em um dos maiores exportadores de commodities agrícolas de todo o mundo.


O investimento em pesquisas, a busca pela sustentabilidade e a tecnologia levada para o campo estão entre os principais motivos que levaram a esse cenário.


Com isso, o agronegócio alcançou a participação de 27,4% do Produto Interno Bruto brasileiro em 2021, conforme dados da CNA e do Cepea - Esalq/ USP, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, divulgados na mesma matéria.


Somando essa informação à previsão de participação do agronegócio no PIB de 2023 que citamos logo na abertura deste artigo, bem como às oportunidades geradas para as agtechs, fica ainda mais claro por quais motivos tem se tornado tão interessante e promissor investir em agro startups.


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Redação | Movile Orbit

 



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