Redação
Os principais insights da pesquisa de investimentos em fintechs na América Latina da Movile

A Movile, em parceria com o Distrito, plataforma de inovação para startups,
empresas e investidores, realizou uma pesquisa de investimentos em fintechs na América Latina, denominada "Panorama Latam".
O estudo considerou dados de cinco anos de aplicações de risco com foco em quatro países: Brasil, Argentina, México e Colômbia.
Uma das primeiras percepções que se tem ao analisar os dados é que o setor das startups, de modo geral, seguiu aquecido e em ascensão no período analisado, que foi entre os anos de 2017 a 2021.
No total, foram investidos US$ 28.663 bilhões nos quatro países, resultado de um total de 4.200 deals, com destaque para o último ano pesquisado, quando 51% desse montante foi aplicado.
No que se refere especificamente às fintechs, esse é o setor de startups que mais recebeu investimentos, sendo um total de 38,5% dos aportes, fruto de 24,9% de todos os deals dos quatro países. Sobre isso, vale destacar que essa não é uma crescente exclusiva desse continente.
Por todo o mundo, o sistema financeiro está sofrendo significativas mudanças, fomentando a entrada de novos players e a criação de soluções bancárias mais modernas para atender às atuais necessidades de pessoas físicas e jurídicas.
Na pesquisa de investimentos em fintechs na América Latina da Movile é possível ver, com bastante precisão, o reflexo do crescimento das startups de serviços financeiros tanto no Brasil quanto nos demais países que foram analisados.
Principais insights da pesquisa de investimentos em fintechs na América Latina
O levantamento Panorama Latam trouxe uma série de dados e percepções sobre os investimentos feitos em startups da América Latina, mais especificamente do Brasil, Argentina, México e Colômbia.
O estudo em questão considerou os fundings Pré Seed, Seed, Séries e Private Equity recebidos entre os anos de 2017 e 2021.
Se fizermos um recorte e considerarmos, dentro desse estudo, apenas uma pesquisa de investimentos em fintechs na América Latina, os dois principais insights que se tem são:
o Brasil é o país que mais recebeu aportes para esse perfil de startup.
as startups de serviços financeiros foram as que mais receberam investimentos nos quatro países analisados.
O Brasil é o país que mais recebeu aportes em fintechs
Dos US$ 17.517 bilhões de investimentos recebidos pelas startups brasileiras, resultado de um total de 2.569 deals, US$ 6,8 bilhões foram apenas para as fintechs. Isso coloca o Brasil como o país em que essas empresas mais receberam aportes na América Latina.
O Nubank é a companhia nacional com maior responsabilidade sobre esse montante, seguida de nomes como Creditas, Ebanx e Neon que também são responsáveis pela importante mudança sofrida no cenário bancário brasileiro nos últimos anos.
Considerando o total de deals do Brasil, a fatia das fintechs representa 19,6%. Para servir como comparativo e entender o peso desse percentual, o segundo lugar ficou com as retail techs, empresas que ajudam a promover a transformação digital no varejo, com 9,6%.
Quanto à porcentagem em dólar, as fintechs receberam 38,9% do montante, contra 11,3% das startups voltadas para o varejo.
A maior média de aportes recebidos pelas fintechs brasileiras foi em 2021, com US$ 54,5 milhões na Série B — destacando que a menor média dessa série foi em 2019, resultando em US$ 11 milhões aplicados.
Fintechs são as startups que mais receberam aportes nos quatro países
Em total de deals dos quatro países analisados, a parte das fintechs representa 24,9%. Apenas para servir como comparação, o segundo lugar deste ranking também é das retail techs, as quais receberam 9,4% dos aportes.
Considerando os top 15 deals, a startup de serviços financeiros que mais recebeu investimento foi a brasileira Nubank: US$ 750 milhões no ano de 2021, na Série G, dos investidores Berkshire Hathaway, Sands Capital, Verde Asset e Absoluto Partners.
O Nubank aparece mais duas vezes nessa lista, com um aporte de US$ 400 milhões na Série G, também em 2021, e de R$ 400 milhões na Série F em 2019.
Outras fintechs citadas são:
Ebanx (Brasil);
Uala (Argentina);
Neon (Brasil).
No que se refere ao percentual recebido em dólar, a parte total das fintechs foi de 35,5% — pouco mais de US$ 10 milhões. Também para compararmos, mais uma vez as retail techs ficaram com o segundo lugar, com 11,6% das aplicações.
Visto que já destacamos o Brasil nesta pesquisa de investimentos em fintechs na América Latina, apresentaremos, agora, dados referentes às startups de serviços financeiros dos outros países estudados.
México
Dos US$ 5.863 bilhões em investimentos recebidos pelas startups mexicanas, provenientes de 876 deals, 30,3% foram para as fintechs, o que representa 40,6% do valor total aplicado.
Colômbia
As startups colombianas receberam US$ 3.232 bilhões de investimentos entre os anos de 2017 e 2021, de um total de 417 deals.
Nesse país as fintechs também seguiram aquecidas, tendo 23,1% de todos os deals. Entretanto, captaram apenas 8,7% em US$, ficando atrás apenas das foodtechs com 70,01%.
Argentina
O cenário das startups de serviço financeiro seguem a mesma linha nesse país. De um total de US$ 2.050 bilhões investidos, derivados de 338 deals, 33,2% foram para as fintechs, resultando em 21,6% em dólares.
Dica! Aproveite que está aqui e leia agora mesmo o artigo: "Como se comportaram os investimentos de risco na América Latina nos últimos cinco anos?"
Como você pôde ver, as fintechs se destacaram em todos os países, no que se refere a investimentos recebidos. E assim como dissemos logo na abertura deste artigo, isso é um reflexo do aquecimento desse setor, seja no Brasil, nos demais países da América Latina ou mesmo ao redor do mundo.
E quanto ainda resta de espaço para investimentos em fintech? De acordo com a nossa visão, muito!
Mas para você também chegar a essa percepção e se aprofundar nos principais pontos identificados na pesquisa de investimentos em fintechs na América Latina que citamos aqui, baixe agora mesmo o estudo "Panorama Latam" completo e confira!
