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O que diz o Panorama Latam, pesquisa de investimentos de risco na América Latina, sobre o Brasil?


pesquisa de investimento em startups no Brasil

O levantamento da Movile "Panorama Latam", conduzido pelo Distrito, revelou o volume de investimentos recebidos pelas startups presentes no nosso país e também pelas que estão na Argentina, México e Colômbia.


Considerando os aportes obtidos entre os anos de 2017 e 2021, o estudo em questão trouxe dados sobre fundings em diversas maturidades de rodada desses quatro países.


Fazendo um recorte da pesquisa no Brasil, uma das primeiras percepções que se tem é que o país se destaca dos demais da América Latina em diversos pontos, sendo um deles a quantidade de unicórnios — mais de 20 startups nessa categoria.


Com mais startups, o país também é o que recebe mais investimentos, concentrando acima de 60% do volume total recebido, que foi de US$ 28.663 bilhões, o resultado de 4.200 deals feitas no período. Dessa forma, o volume investido no Brasil foi de USD 17,517 bilhões, que correspondem a 2.569 deals ao longo destes cinco anos.


A pesquisa de investimento em startups no Brasil traz ainda outros importantes insights, como o fato de essas empresas brasileiras serem interessantes para os investidores devido ao nível de amadurecimento dos seus ecossistemas, refletindo em startups cada vez mais maduras e unicórnios que conseguem captar acima de US$ 100 milhões por rodada.


Dados de investimento das startups brasileiras

Do volume total de aportes recebidos na América Latina, o recorte da pesquisa de investimento em startups no Brasil revelou que o país conquistou, sozinho, US$ 17.517 bilhões, resultado de um total de 2.569 deals realizadas entre os anos de 2017 e 2021.


Apenas como comparação, os números dos outros países foram:

  • México: US$ 5.862 bilhões | 876 deals;

  • Colômbia: US$ 3.232 bilhões | 417 deals;

  • Argentina: US$ 2.050 bilhões | 338 deals.


Das 17.528 startups brasileiras, 1.843 foram investidas em algum momento entre os cinco anos analisados pelo estudo, o que representa 10,5% dessas companhias.


Vale destacar ainda que a quantidade de aportes e o volume recebido pelas startups brasileiras cresceu consideravelmente ao longo dos anos, com destaque para 2021. Sobre isso, a pesquisa de investimento em startups no Brasil apontou que, apenas no ano em questão, quase US$ 9 bilhões foram aportados nessas companhias.


Outro relatório do Distrito, o "Report Retrospectiva 2021", traz mais percepções sobre o ecossistema de empreendedorismo tecnológico e de inovação que coloca esse ano em destaque. Por exemplo, em 2021 foram realizados 779 aportes, contra apenas 563 em 2020 e 453 em 2019.


Em volume temos os mais de US$ 9 bilhões já citados para 2021, que superam consideravelmente os US$ 3.550 bilhões de 2020, e os US$ 3.050 de 2019.


A rodada com maior investimento no ano em questão foi a Série C, que resultou em US$ 2.040 milhões em aportes.


Aproveite e leia também: "Venture Capital para startups: conheça as rodadas dessa modalidade de investimento"


Principais insights da pesquisa de investimento em startups no Brasil

Os números apresentados na pesquisa de investimento em startups no Brasil dão margem para uma série de percepções e insights sobre esse ecossistema.


Um deles é o fato do nosso país ter o maior mercado endereçável da América Latina, com mais de 200 milhões de habitantes. Justamente essa quantidade de pessoas foi o estímulo para que startups de outros locais passassem a operar por aqui, especialmente como estratégia para conquistar novos clientes.


Dois bons exemplos de empresas que adotaram essa abordagem são a Bitso, exchange internacional de criptomoedas, e a TiendaNube, que atua no comércio eletrônico argentino.


Mesmo assim, o setor das fintechs é o que mais se destaca por aqui, levantando sozinho mais de US$ 6,8 bilhões no período analisado.


Uma das empresas que mais colabora com esse montante é o Nubank, que tem sede aqui, e apenas em um aporte de 2021 recebeu US$ 500 milhões de investimento da Berkshire Hathaway, a gestora de Warren Buffett, conforme apresentado em uma matéria do site O Globo.

Para se ter uma ideia mais clara de como as startups de tecnologia para o setor financeiro se destacam das demais, o segundo lugar nesse ranking ficou com as retailtechs, com US$ 1.380 milhões investidos e 87 deals. Nesta lista ainda estão:

  • real estate: US$ 1.070 milhões | 32 deals;

  • healthtech: US$ 530,6 milhões | 69 deals;

  • mobilidade: US$ 411,3 milhões | 20 deals.

Outros pontos de destaque sobre as startups brasileiras

A pesquisa de investimento em startups no Brasil também constatou que, entre as foodtechs, a empresa que mais captou recursos foi o iFood, uma das investidas da Movile, que obteve US$ +500 milhões no período analisado.


Considerando as 15 regiões mais investidas da América Latina, o primeiro lugar ficou para São Paulo, com 57% de todo investimento em Venture Capital recebido nos últimos cinco anos entre os quatro países analisados pelo estudo.


O ranking somente com as regiões brasileiras, formado como base no número de deals e do percentual de investimento recebido (total brasileiro) é composto por:

  • São Paulo: 1337 deals | 81,64%

  • Paraná: 135 deals | 6,71%

  • Rio de Janeiro: 133 deals | 2,96%

  • Minas Gerais: 139 deals | 2,76%

  • Santa Catarina: 168 deals | 1,34%

  • Rio Grande do Sul: 98 deals | 1,16%

  • Curitiba: 2 deals | 0,69%

  • Bahia: 26 deals | 0,36%

  • Pernambuco: 34 deals | 0,29%

  • Goiás: 22 deals | 0,13%

  • Outros: 475 deals | 1,96%

Dica de leitura: "MVP #40 - Como a Movile investe em startups, com Silvia Motta"


Após todos esses dados, uma das maiores percepções que a pesquisa de investimento em startups no Brasil deixa é o fato do nosso país ser o mais maduro do ecossistema de tecnologia e inovação da América Latina.


Além de contar com a maior parte dos unicórnios, o volume populacional é um grande atrativo para startups de outros países trazerem filiais para cá, chamando ainda mais a atenção dos investidores.


A prova disso é que o Brasil também conta a maior quantidade de aportes em estágios avançados, como a Série B. Para se ter uma ideia, apenas em 2021 foram mais de 30 investimentos desse tipo, o que representa 30% de todo o capital recebido pelas startups ao longo do ano em questão.


Cenários como esses mostram que, mesmo os últimos acontecimentos terem causado uma desaceleração nos aportes, o Brasil segue como o país mais promissor da América Latina e berço das maiores e principais startups dessa região.


Para mais dados, baixe a pesquisa "Panorama LatAm" completa. E para não perder outros conteúdos tão ricos quanto este, assine agora mesmo a newsletter do Movile Orbit.


 

Redação | Movile Orbit

 


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